Sindicato Independente dos Médicos

O jornal SOL noticiou este fim de semana que a Câmara de Lisboa  vai gastar mais de um milhão de euros por ano em salários para assessores e secretárias da Assembleia Municipal.

Cada assessor a tempo inteiro tem um salário mensal de 3.752,5 euros brutos, acrescidos da taxa de IVA.

Já uma secretária a tempo inteiro tem uma remuneração de 2.802,5 euros mensais, também acrescidos de IVA.

Desta forma, um assessor ou até mesmo uma secretária da Assembleia Municipal de Lisboa têm uma remuneração mais alta face ao salário médio de um médico, de um professor universitário ou de um diplomata.

Mais uma vez fica bem patente a necessidade de serem revistos os salários dos médicos no Serviço Nacional de Saúde, como bem alertou a Comissão Europeia, avisando que os salários baixos no SNS incentivam médicos a sair para o setor privado ou mesmo a emigrar para outros países.

Esta necessidade de revisão salarial, que deveria ter acontecido em 2015 conforme acordado em 2012, torna-se bem evidente face aos níveis de exigência elevadíssimos da profissão médica, com uma formação que atinge os 13 anos até ser especialista, e com níveis de responsabilidade muito acima da média - pelo facto de lidar com a saúde e a própria vida das pessoas - onde as falhas ou erros não podem ser tolerados.