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Sindicato Independente dos Médicos

Carta à Ministra da Saúde: o dever de vacinar os trabalhadores médicos

02 novembro 2021
Carta à Ministra da Saúde: o dever de vacinar os trabalhadores médicos
Excelência,

O Sindicato Independente dos Médicos - SIM, com grande apreensão, tem vindo a aperceber-se de que em Portugal nem as autoridades de saúde, nem a cúpula do Ministério que Vossa Excelência dirige, revelam a mínima preocupação pelo problema da efetividade protetora da vacinação dos trabalhadores médicos e dos demais trabalhadores desta área à data presente, sabido que a pandemia da COVID-19 recrudesce no território da União Europeia, que a taxa de incidência entre nós, de há semanas, se revela em subida constante e que este grupo profissional é constituído por alguns daqueles que foram vacinados há mais tempo. Note-se que, entretanto, é afirmada e publicamente reconhecida a disponibilidade de vacinas para uma 3.ª dose, capaz pois de assegurar uma iniciativa que, no imediato, contemple a cobertura completa dos trabalhadores médicos e dos demais trabalhadores desta área, visto que estes são aqueles aos quais cabe, agora como sempre, assistir e tratar todos os que de si precisem, a começar pelos mais débeis e pelos mais idosos.

Postergar uma medida desta natureza e alcance, pode vir a redundar, no que constituiria um gravíssimo problema de saúde pública, na infeção, em primeira linha, precisamente dos mais expostos, quais também são os mais necessários na luta quotidiana contra o SARS-CoV-2.

Acautelar os melhores interesses das nossas populações, na vertente da promoção da sua saúde e na perspetiva da garantia de que, sendo caso disso, terão acesso aos cuidados de que careçam para a restabelecer, implica políticas que, a montante, por vezes, se concretizam no cuidado preventivo daqueles cujo múnus é justamente o de serem promotores da primeira e prestadores dos segundos, ou seja, os trabalhadores médicos e os demais elementos das equipas que dirigem.

Não se trata, portanto, da reivindicação de um qualquer privilégio, mas sim de observar que o interesse nacional se materializa, no quadro da pandemia que nos assola, na defesa estrénua da integridade e proteção da saúde deste grupo profissional, como condição sine qua non para poderem continuar a exercer o seu indeclinável papel nos serviços de saúde públicos e também nos estabelecimentos dos setores privado e social.

Como é seu timbre e tradição, o SIM fica à inteira disponibilidade de Vossa Excelência, Senhora Ministra, para neste contexto mais contribuir no que se julgue conveniente, já que o propósito deste veemente alerta se resume numa preocupação que reputamos auto-evidente, de caráter muito urgente e, em si, muito justa, atempada e de aplicação necessariamente urgente.

Com as melhores Saudações Sindicais,

Carta à Ministra da Saúde

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