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Sindicato Independente dos Médicos

Comunicado conjunto SIM/FNAM - Os upgrades do Ministério da Saúde

01 outubro 2010

É patente o desnorte da Sr.ª Ministra da Saúde e dos seus Secretários de Estado, a sua incapacidade de definir uma linha de rumo e de a respeitar, a sua cedência às manobras publicitárias e demagógicas… os exemplos acumulam-se e são preocupantes…


Disto é exemplo mais recente anúncio ministerial de pretender suprir a falta de Médicos de Família recorrendo a um upgrade de médicos não especialistas e fora da Carreira Médica. Carreira que esta mesma Ministra, este mesmo Ministério e este mesmo Governo negociaram arduamente com os sindicatos médicos. Tal só pode ser uma distracção própria da chamada silly season de verão!


Reconhecida nacional e internacionalmente inter-pares, a Especialidade Médica da Medicina Geral e Familiar não pode compadecer-se com estes desvarios de políticos que, ainda por cima, são médicos…


Num passado recente e já com este Governo, houve tentativas semelhantes que visavam a livre entrada de médicos não especialistas para as Unidades de Saúde Familiar, teve a oposição firme das instituições médicas, preocupadas com a qualidade do exercício técnico da medicina, com a dignificação da especialidade médica de Medicina Geral e Familiar, e com a qualidade da prestação de cuidados que os utentes merecem, e não foi avante.
Aguardamos ainda pelos resultados da Comissão que, por

Portaria, ficou incumbida de apreciar os currículos dos médicos Clínicos Gerais que desde há muito desempenhavam funções de Médicos de Família… Aptidões que no caso presente os potenciais implicados nem sequer têm!


Se há falta de médicos de família, se a aposentação antecipada de centenas de médicos (antecipação essa anunciada e que este Ministério foi incapaz de compreender e de tornear, apesar das soluções mitigadoras recomendadas pelos sindicatos médicos) a veio agravar, se medidas excepcionais são de aceitar, então elas terão de ter em conta que os médicos de família são especialistas que se sujeitam a um exigente Internato de 4 anos… Só um programa definido e avalizado pela Ordem dos Médicos e pelo seu Colégio de Medicina Geral e Familiar, de duração e exigência compatíveis com um Internato Médico, será aceitável. Nunca uma “passagem administrativa”.


Sem que estes pressupostos sejam minimamente cumpridos, esta medida terá a firme oposição e repúdio públicos dos dois sindicatos médicos.

Lisboa, 16 de Julho de 2010

O Secretariado Nacional do SIM / A Comissão Executiva da FNAM

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