Conforme amplamente divulgado pela Comunicação Social, os auditores do Tribunal de Contas salientam (em auditoria de 2008 relativa a 14 unidades hospitalares) que para o funcionamento dos serviços de urgência, salvaguardando questões de qualidade, seria de optar pela contratação externa de médicos tarefeiros em vez do recurso a horas extraordinárias prestadas pelos médicos do quadro. Sempre fica mais barato, dizem eles... ainda que reconheçam que tal não tenha trazido benefícios em termos de produtividade nem de qualidade assistencial... Os senhores auditores sabem aritmética mas esqueceram-se nas suas contas finais que uma grande parte do serviço de urgência é assegurado pelos médicos do quadro, com as suas doze horas de horário semanal destinado ao serviço de urgência... e que é pela falta de médicos do quadro devido à corrida às aposentações antecipadas, à renuncia a esse serviço desgastante em função da idade e a não abertura de vagas para médicos mais jovens, que as empresas de prestação de serviços proliferam.
Convém recordar também que o Sindicato Independente dos Médicos continuará à espera que os responsáveis da Ordem dos Médicos promovam efectivas auditorias à composição, qualificações e funcionamento das equipas médicas dos serviços de urgência polivalentes, médico-cirúrgicas e de urgência básica, intervenção essa de defesa da qualidade que é da sua competência específica e que lhe é delegada pelo Estado enquanto ordem profissional.
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