Cumpre-se hoje mais um dia de greve dos médicos Ortopedistas do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
O nível de adesão mantém-se muito alto, demonstrando-se uma nova realidade a que a Madeira não estava habituada: quando se luta por princípios não é fácil “partir” as pernas de um grupo coeso e digno. Apresentaram-se, num serviço com vinte (20) médicos, quatro (4) médicos que decidiram prescindir do direito constitucional à Greve.
Os médicos fazem greve porque querem trabalhar mais e melhor. Seguir-se-ão tantos períodos de Greve quantos os necessários para atingir estes objectivos.
Os médicos Ortopedistas revelam-se muito esperançados com a intervenção prometida por SE o Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim. De facto anseiam o cumprimento solene da recente promessa: “a seu tempo a estrutura hospitalar vai-se ver livre de gente que perturba e não quer trabalhar”, vendo nela a necessária e urgente redefinição da gestão daquele Hospital e do Sesaram, manifestamente incapazes e incompetentes para lidar e liderar a Saúde da Madeira. De igual modo comungam, com vaidade, das palavras de SE ao considerar que “ninguém está infeliz por causa da greve dos ortopedistas”, vendo nessa afirmação a confirmação do apoio à Greve e aos seus motivos, nomeadamente para terem mais tempos operatórios.
Os médicos Ortopedistas querem mais tempos operatórios para grandes cirurgias e bem sabem que tal lhes é recusado como forma de conter as despesas na Saúde, dado os preços das necessárias próteses e o corte no crédito para tal com que o Sesaram se confronta.
Vamos então apoiar incondicionalmente SE o Presidente do Governo Regional da RAM, excelente activista sindical, para nos vermos “livres de gente que perturba”, convictos que a Greve o ajuda na “limpeza” a que se propõe. As Greves continuam enquanto SE o deseje.
O Secretariado Nacional do SIM
Lisboa, 23 de Novembro de 2010
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