Já muito se disse e escreveu sobre o desastre em curso no Serviço Nacional de Saúde.
O nosso propósito é a denúncia contínua do desastre pois, pelo menos por parte do Ministério da Saúde, estranhamente ou não, ou ninguém se interessa, ou ninguém quer saber, ou não sabem o que fazer.
Mas a realidade é a seguinte:
Na Lista de aposentados publicada em Diário da República pela Caixa Geral de Aposentações, referente a Março de 2011, detectamos a saída de mais 70 médicos do Serviço Nacional de Saúde.
Destes 70 médicos, 42 são Assistentes Graduados e 24 são Assistentes Graduados Séniores/Chefes de Serviço e, ainda mais esmiuçado, 36 eram médicos de família e 34 médicos hospitalares. Mais, no mínimo, 54.000 utentes sem médico de família a juntar aos 1.479.000 conhecidos e mais um recuo no tempo de resposta em consultas externas hospitalares e em cirurgias.
De igual modo, na prática, mais uma data de serviços e Unidades de Saúde amputados da sua diferenciação técnica, fundamental para a especialização médica, através da atribuição de idoneidades e de capacidades formativas.
Dentro de 30 dias, inevitavelmente, pela mesma via sairá mais um lote.
Mesmo com todas as juras de amor de tantos ao SNS, algumas bem hipócritas, quando será declarado o estado de calamidade?
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