Sempre o dissemos.
Os únicos números sérios eram os do Tribunal de Contas - cerca de 1.500.000 de portugueses inscritos em Centros de Saúde sem Médico de Família.
O anterior Governo martelou o número até à exaustão e nunca aceitou mais de 500.000 utentes inscritos sem Médico de Família.
Agora, segundo o Diário Económico, a ACSS, através do Relatório de Actividades dos agrupamentos de Centros de Saúde, referente a 2010, confirma o que até há pouco tempo era tabú.
Mas o mais trágico são as assimetrias regionais elevando o Algarve e Lisboa a níveis de escandalo com mais de 25% dos utentes sem MF.
Relembramos que há/havia uma exotérica Comissão de Acompanhamento da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários que em 2 anos de frete político nunca escreveu uma linha sobre esta matéria ou sequer apontou uma singela medida para a minorar.
Ignorar olimpicamente a questão resulta na situação actual: mais de 600 MF abandonaram os CS, incapazes de suster as extraordinárias dificuldades de atendimento condigno destes doentes e de aceitar as assimetrias dramáticas com o modo de trabalho nas USF.
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