Política de Cookies

Este site utiliza Cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso.Saiba mais

Compreendi
aa

Sindicato Independente dos Médicos

Discursos "propofólicos" (trad.: anestesiantes)

03 setembro 2011

A ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos, está a dever 350 milhões de euros aos hospitais, ou seja, um quinto da dívida (21,5%) que estes acumularam até ao final de 2010: 1625 milhões de euros, avança o Diário de Notícias.

Esta dívida é apenas uma pequena parte das verbas que o Estado está a dever às unidades hospitalares. Os administradores hospitalares dizem que verbas em dívida dos ministérios da Saúde e das Finanças chegariam para pagar o que os hospitais devem aos seus fornecedores. Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, disse ao DN acreditar que, se o Estado pagasse, "os hospitais provavelmente saldavam a totalidade das dívidas".  …


Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que é possível prestar os mesmos cuidados em quantidade e qualidade com menos 810 milhões de euros? link

Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que os responsáveis políticos e dirigentes, dos últimos vinte anos, (muitos deles reciclados da velha para a nova maioria) que delapidaram, durante décadas, milhares de milhões de euros ao erário público se constituíram, de repente, num bando de bons rapazes ? Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que as teses propaladas (embora sem nenhum tipo de comprovação científica) dos 20, 30 ou 40 % de desperdício são credíveis?

Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que Portugal conseguirá manter um serviço nacional de saúde de qualidade se persistirem medidas (disparatadas) como as que reduziram o incentivo aos transplantes? despacho n.º 10485/2011 link

Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que os indicadores de saúde não se degradarão brutalmente com esta política de mercearia?

Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que o acesso e a universalidade se manterão com “contratos-programa” incumpríveis impostos pelos “diligentes” dirigentes das ARS aos hospitais com o fito único do “fazer de conta orçamental”?

Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que os portugueses continuarão a ter acesso à inovação terapêutica?
Alguém, no seu perfeito juízo, acreditará que a persistência da desorçamentação, do sub-financiamento e da rábula orçamental salvará o SNS?

Afinal qual o padrão de comparação para esta política? O Burkina Faso?

Todos compreendem a necessidade de racionalizar e de ganhar eficiência. Mas por favor não insultem a nossa inteligência. Não nos venham contar histórias da carochinha que não sobrevivem à mais elementar evidência.

Do que se trata é de escolhas políticas. Se o que pretendem é corrigir o desvario do apaniguado (e alucinado) Alberto João Jardim com a destruição do serviço nacional de saúde assumam com coragem essa opção.

Já não toleramos mais discursos “propofólicos” do senhor ministro Gaspar que no seu estilo apático e ao retardador nos vai querendo convencer que não há alternativa para branquear o incómodo BPN e os desvarios madeirenses que não seja destruir os pilares do Estado social e, em particular, o serviço nacional de saúde. link

Os lados da barricada estão hoje muito claros.



Sasseti

Horas ExtraCalculadora

Torne-se sócio

Vantagens em ser sócio