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Sindicato Independente dos Médicos

Relato de um flop

21 novembro 2011

Estive lá, como me competia após formal convite.

Hoje de manhã danei-me por ver uma coisa séria ocupar espaço  de discussão e de antena de forma avulsa e pouco estruturada, servindo até para acalorados debates em hora de aposentados caseiros.

Excedi-me até, e muito, nos adjectivos e nos títulos (não há maneira de aprender a ser polido!).

Mas, falando, claro, da apresentação do Relatório do Grupo Técnico da Reforma Hospitalar, vamos ao que interessa:

-       A coisa começou a horas exactas – o Ministro é um fanático da pontualidade.

-       A casa estava pouco composta (os socialistas eram mais eficazes a convocar a máquina dependente partidariamente para o ganha pão).

-       Os lugares marcados para os convidados estavam exasperantemente vazios. Institucionais, para além do escriba, só a senhora Bastonária dos Enfermeiros e o Presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

-       A apresentação foi absurdamente extensa e monocórdica, desenrolando-se de slide em slide por mais de hora e meia.

-       No final, bem espremido, um conjunto de ideias e projectos, de hipóteses e teses, por certo honestamente conseguidas e apresentadas mas que deixam um sabor intenso a choco, a flop, a pouco.

Figura grada de sempre na estrutura do Ministério, após respeitoso e afectuoso abraço a este seu respeitador simpatizante, soprava-me ao ouvido esquerdo a sua frustração e admiração por tal pobreza.

Estou seriamente convencido que o Ministro não gostou do que viu e ouviu. Não que duvide do empenho da equipa que nomeou ou não subscreva muito do que foi dito.

Mas certamente desejava uma coisa tecnicamente mais escorreita, mais seca e mais directa – faça-se isto desta maneira, aquilo desta outra.

Não.

O que lhe saiu na rifa foi um Relatório genérico, de títulos, bem estruturado mas muito pouco operacionalizado/ável.

Parece, estou com uma recaída na polidez, que a equipa pensa manter-se por ali em vez de entregar, como suposto, um produto acabado (até se sugeriu, explicitamente, mais uma secção na ACSS para dirigir a coisa da reforma e a vigiar, quase pondo fotografias nos escolhidos).

O Ministro está entalado. Esperava uma coisa seca, técnica, formal, operacional e exequível, à qual pudesse juntar um seco – proceda-se como proposto.

Tem ali um monte de ideias a que terá de apor decisão e escolha política, não se livrando, nem o livrando, de ser o centro da reforma.

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