Simédicos soube, de fonte limpa, que há ameaça de despedimentos no Hospital de Cascais. Dezenas de enfermeiros e auxiliares e, pelo menos, 68 médicos, parecem fazer parte do downsizing decidido pelo novo Conselho de Administração, pertença do HPP, empresa da CGD.
Este nivelamento em baixa estaria a ser assumido como forma de adequar os quadros de pessoal ao valor financeiro da PPP negociado com o Governo. Isto é, perante um mau negócio, pelo que se sabe insuficiente para garantir a assistência contratualizada, parece que a opção é despedir, reduzir oferta cirúrgica de forma drástica para criar rentabilidade.
Nesta decisão não cabe, como sempre, o interesse dos doentes daquele Hospital que, inevitavelmente, vão ver crescer exponencialmente os tempos de espera para consulta, internamento e cirurgia.
De relevo o despedimento médico que se perspectiva, por ser uma novidade e por apanhar de surpresa quem acreditou numa carreira naquela Unidade do SNS.
Alguns sairam a tempo para outra controversa Unidade - a PPP do BES em Loures. Outros, por estarem em rctfp poderão ver-se em mobilidade e á porta da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Alguns outros, infelizmente, que se exoneraram da Função Pública, acreditando em vendedores de sonhos, para subscreverem belos contratos sem o crivo sindical, podem agora ir porta fora com indemnizações de miséria, conhecendo o impensável: o despedimento.
Tempos negros que não parecem poupar nada nem ninguém.
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