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Sindicato Independente dos Médicos

Estado vicia médicos em horas extraordinárias

28 abril 2012

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusa o Estado de ter viciado estes profissionais em horas extraordinárias, que atingiram valores "inadmissíveis", e acredita que a solução passa pela tão esperada grelha salarial.

Para Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, "o Estado - ao ter viciado os profissionais em horas extraordinárias - escamoteou a degradação dos ordenados dos próprios médicos". A esta situação alia-se outra: "A falta de pessoal", acrescenta.

Segundo o dirigente sindical, o Estado tem preferido "alimentar alguma ilusão", optando por recorrer a empresas de prestação de serviços, gastando com estas valores "que podia usar mais racionalmente". É "a administração a enganar-se a ela própria", disse, referindo que "não faz qualquer sentido que Portugal gaste 300 milhões de euros por ano em horas extraordinárias".

O secretário-geral do SIM sublinha, contudo, que "os médicos não fazem horas extraordinárias porque querem", mas sim porque "as instituições necessitam e são estas que fazem esses pagamentos". Neste trabalho, e com estes horários, "há muitos médicos que põem em risco a sua capacidade de repouso" e até "a sua sanidade mental".

Jorge Roque da Cunha considera que "compete ao Estado não criar condições para ser mais aliciante fazer uma urgência do que estar um mês a fazer consultas e cirurgias programadas, com formação" e lembra que um médico no topo de carreira ganha aquilo que noutras profissões se atinge ao fim de seis anos.

Em relação ao pagamento das horas extraordinárias, Jorge Roque da Cunha acusou algumas administrações hospitalares de desrespeitarem uma orientação superior. Em causa está uma ordem da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), com valores por hora extraordinária mais próximos dos que o sindicato reclamava, e que "não está a ser cumprida pelos seus subordinados".

Para o dirigente sindical, a situação "não ajuda", principalmente "num momento em que o Ministério da Saúde precisa desesperadamente desse trabalho médico para assegurar as urgências".

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