Decorridos quase 14 anos (29 de Maio de 1999), uma recomendação do Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos não só permanece válida como ganha toda a actualidade, face a previsíveis tentações dos responsáveis em tornearem as restrições financeiras mantendo serviços e horários de funcionamento com equipas mais reduzidas.
Recorde-se aqui essa recomendação:
O Conselho Nacional Executivo ponderou que:
- …...
- Tecnicamente é incorrecto um único médico responsabilizar-se por uma urgência, dada a eventual necessidade de técnicas e manobras como as de ressuscitação que implicam apoios, a eventualidade do acesso de mais que um doente urgente ou a necessidade de prestar acompanhamento na transferência para centros de nível superior.
Em consequência, o Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos recomenda:
- Em nenhum caso, excepto em situações de emergência devidamente comprovada, deverá um médico ser "escalado" sozinho para um serviço de urgência não referenciado, em qualquer nível.
- Do não-acatamento de tal recomendação serão responsabilizados os seus autores.
- Foi solicitado aos serviços de contencioso a elaboração de documentos a serem utilizados pelos médicos, se constrangidos por superiores hierárquicos a exercer em condições técnicas desajustadas.