Outra posição não poderia ter a Ordem dos Médicos ao considerar como desprestigiante para os médicos portugueses e a qualidade da medicina portuguesa a proposta do Governo brasileiro, para que profissionais portugueses possam trabalhar temporariamente durante dois ou três anos, e apenas para o exercício em regiões do interior do Brasil, mesmo que para tal não tenham de fazer o exame de revalidação do diploma de medicina.
Além de que qualquer medida a tomar pelo Governo brasileiro deve passar por um acordo com a Confederação Federal de Medicina, a congénere da Ordem dos Médicos portuguesa.
Este problema foi já abordado entre o SIM e o SIMERS (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), com o qual temos um acordo de cooperação há mais de uma dezena de anos, tendo-se considerado ser esta uma atitude demagógica do governo brasileiro.
O Brasil tem o dobro dos médicos que necessita mas escusa-se a oferecer uma carreira pública aos seus médicos, desse modo garantindo de uma forma digna e legítima a assistência médica aos seus cidadãos do interior.
Em vez disso pretendem acenar com contratações em moldes desconhecidos a médicos com a perspectiva de desemprego, como já acontece em Espanha.
Quem sabe se pelo esquema das empresas prestadoras de serviços, ainda florescente em Portugal...
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