Com pedido de publicação, recebemos um comentário do Dr. Nuno Morujão, médico Anestesista, relativo à situação ocorrida na passada 6ª feira no Hospital de Braga.
Se isto é rigorosamente assim, trata-se sem dúvida de um dos expoentes máximos dos paradoxos. Neste caso de uma greve de médicos.
Um médico no pleno uso dos seus direitos e deveres, por discordar de uma greve (qualquer que seja o motivo porque assim o entendeu) não aderiu a essa greve... mas faz greve aos "serviços mínimos"... da greve a que não aderiu?!...
Com a agravante de ter estado a assegurar um período de trabalho voluntário com remuneração extraordinária, no horário que antecedeu aquele em que deveria substituir na UCPA o colega que o precedia... até onde certamente acompanhou o/s doente/s que anestesiou durante o citado período de trabalho... findo o qual terá informado (?) o colega que deveria sair às 20:00 H... que não o ia substituir!...
Em 38 anos de vida profissional, nunca vi absolutamente nada género!
Por isso não consigo desligar o meu computador sem deixar registado este comentário.
Sem prejuízo da ilegalidade subjacente - se estava escalado para o período de trabalho que fazia parte dos serviços mínimos, significa que tinha um horário a cumprir dentro da carga horária de trabalho semanal a que está obrigado - todo este "filme" é do que de mais grotesco já se viu em termos éticos e deontológicos. Inqualificável o carácter do médico "grevista dos serviços mínimos"!
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