Fala-se em crise e austeridade… cortes brutais nas remunerações e pensões… contribuições extraordinárias de solidariedade… descontos principescos para uma ADSE que afinal é auto-sustentável... estão proibidas as valorizações e progressões remuneratórias mesmo para quem suba de categoria… não há verbas para renovação de hardware… médicos prescritores por todo o país à beira de um ataque de nervos por causa da lentidão da Prescrição Electrónica Medicamentosa (PEM).
Claro que tudo isto deve provocar um enorme stress diário nos funcionários de topo da SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde), organismo que tem a seu cargo o desenvolvimento e manutenção dos sistemas de informação do Ministério da Saúde e que, muito originalmente, são afinal os que recebem o impacto do descontentamento de quem pena, dia após dia, para emitir uma receita médica electrónica.
Daí que seja perfeitamente justificada a contratação de um programa de executive team coaching (fica bem usar estas terminologias, não fica?) em gestão do tempo e stress, válido por quatro meses e no valor de 74.500 € + IVA. E atribuída por ajuste directo à empresa da única profissional portuguesa com um tal Master Certified Coach…
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