Citando o Jornal de Notícias de hoje:
Quase mil médicos que estavam com licença sem vencimento de longa duração exerciam, no final de 2012, funções como contratados nas mesmas ou outras instituições de saúde, segundo o relatório da Inspeção Geral das Atividades em Saúde.
De acordo com a IGAS, na sequência de uma auditoria do Tribunal de Contas, a tutela determinou à Administração Central de Sistemas de Saúde (ACSS) que fizesse um "levantamento de todos os casos em que tenham sido atribuídas licenças sem vencimento de longa duração a médicos que, na sequência das autorizações, tenham sido contratados pela mesma ou por outra unidade de saúde do SNS, seja por contratos individuais de trabalho, seja por aquisição de serviços médicos".
O relatório preliminar da ACSS, datado de 30 de abril de 2013, concluiu que existiam 983 médicos nesta situação, em vigor a 31 de dezembro de 2012.
Pergunta-se: se foram atribuídas licenças sem vencimento, não foram os médicos que as autorizaram, pois não?
Pergunta-se: se foram novamente contratados, não foram os médicos a contratarem-se a eles mesmos, pois não?
Pergunta-se: se foram contratadas empresas de prestação de serviços, não foram os médicos que as integram que se contrataram a si próprios, pois não?
Então, se é de recriminar que médicos tenham usado fugas na lei, só o puderam fazer porque quem deveria ter a responsabilidade de defender o bem público dela abdicou… Foram identificados e foram punidos, com a devida publicitação?
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