O Ministério da Saúde tenta, através de esclarecimentos emanados da ACSS, convencer a opinião pública que a contratação de médicos cubanos é não só uma inevitabilidade como um bom negócio, o que não é verdade. O SIM já tinha denunciado esta situação
São médicos não Especialistas e que não estão integrados na Carreira Médica. A diferenciação técnica tem repercussão remuneratória inalienável.
A comparação remuneratória deveria assim ser feita não com a remuneração de um médico Especialista mas com a remuneração da categoria remanescente do Clínico Geral (Não Especialista) e que vai de 1.390 € a 1.622 €. Portanto muito mais baixo.
Mas mesmo que pudesse ser feita a comparação com um Especialista português, a remuneração de 4.230 € por médico paga ao Estado Cubano esta a ser feita ao nível de um médico no topo da Carreira, Assistente Graduado em 42 horas e dedicação exclusiva ou Assistente Graduado Sénior em 40 horas. Ou seja, um médico indiferenciado a ganhar tanto como um médico com dezenas de anos de serviço e progressão por provas publicas e concursos públicos.
Feitos estes esclarecimentos em abono da verdade, uma pergunta capital tem de ser colocada: porque é que o Ministério da Saúde não oferece a médicos portugueses, mesmo que sendo apenas recém – especialistas, como contrapartida pelo seu trabalho nas tais zonas carenciadas os mesmos 4.230 euros mensais livres de impostos e de contribuições para a segurança social + alojamento?
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