Foi publicado em DR o Despacho 5767-B/2016, de 28 de Abril, cuja fundamentação se reproduz com destaques nossos:
Neste sentido, tendo presente a conclusão do internato médico, na 2.ª época de 2015, por parte de cerca de duas centenas de especialistas, nas áreas profissionais hospitalar e de saúde pública, importa viabilizar a sua contratação com a maior celeridade possível, permitindo, assim, a sua colocação nos serviços e estabelecimentos onde se denotem maiores carência deste grupo de pessoal, altamente qualificado. Em linha com o planeamento integrado a que acima se aludiu, norteado pela preocupação de contribuir, em todos os casos, para a melhoria da qualidade, eficiência e, em particular, equidade dos diversos serviços e estabelecimentos de saúde integrados no Serviço Nacional de Saúde, procurou-se aqui, naturalmente, privilegiar os estabelecimentos de saúde situados em zonas qualificadas como carenciadas, sem prejuízo de se acautelarem algumas necessidades específicas de outros estabelecimentos, quando estejam em causa especialidades que se circunscrevam a determinada tipologia de serviços.
Até aqui tudo bem, sendo de enaltecer inclusive a imposição de prazos para a efectivação rápida dos procedimentos de recrutamento em causa.
Só que aparece na Comunicação Social referência a um Comunicado (?) de um dos partidos do arco da governação, no caso o Bloco de Esquerda e do seu deputado Pedro Soares eleito pelo distrito de Braga, que refere que o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) vai ter mais seis médicos cardiologistas, citando informações do Ministério da Saúde e diz saber que “o processo da contratualização de cinco cardiologistas, em regime de prestação de serviço, para início de funções imediatas”, bem como de mais um especialista “está em finalização”. E isto depois de em meados do ano de 2015, dois cardiologistas terem saído daquele centro hospitalar não tendo sido substituídos e que desde então as consultas de Cardiologia foram repetidamente adiadas.
Ora estranha-se que no referido Despacho nem a Especialidade de Cardiologia nem o Centro Hospitalar Médio Ave tenham sido contemplados…!
Tal como se estranha e nos surpreende que alguém de um partido político como o Bloco de Esquerda saúde processos de contratação à margem dos normais procedimentos de recrutamento concursal, quiçá mesmo pactuando com a contratação de serviços médicos a empresas prestadoras de serviços.
Por certo lapsos, passiveis de esclarecimento e correcção…
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