A contestação está a subir de tom no sector da Saúde. Os sindicatos médicos já ameaçam voltar a fazer greve, depois da paralisação de dois dias em Maio que obrigou a adiar milhares de consultas e cirurgias.
Sem as "contrapropostas por escrito prometidas” pelo ministro da Saúde, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Mário Jorge Neves, já ensaiava ontem datas para uma nova greve — "no final de Agosto, no princípio de Setembro, terá de ser antes das eleições autárquicas”.
Sem querer avançar datas, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, admitia que a greve "está objectivamente em cima da mesa” apesar de ser "a última opção”.
O certo, sublinham ambos, é que a segunda-feira vai ser uma espécie de "dia D” para o ministro Adalberto Campos Fernandes. "Se nada acontecer” na reunião que está marcada para o início da tarde, enfatiza Roque da Cunha, não há outra hipótese senão voltar aos protestos. "Esta reunião é decisiva”, corrobora Mário Jorge Neves. Se não se conseguir neste encontro "uma base de entendimento”, os sindicatos serão obrigados a recorrer de novo à greve, frisa.
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