Fossemos historiadores e poderia pensar-se que este seria um texto sobre a extinta Direção-Geral de Segurança.
Embora os métodos que aqui se retratam sejam similares, fala-se aqui da Direção-Geral da Saúde e desta
notícia.
Vem o atual Diretor-Geral da Saúde propalando há meses que o próximo Diretor-Geral da Saúde é uma mulher. Vem-no fazendo ignorando que há concursos públicos, ignorando a existência da Comissão de Recrutamento e Seleção para Administração Pública (CRESAP) e ignorando o distanciamento que seria exigido a quem cessa tão importantes funções.
Condiciona-se assim à partida qualquer processo de recrutamento, afirmando que lá chegando já está escolhido o nome. E pelos vistos está mesmo. Por mais bondade e vontade que alguém tenha, ninguém se esforça e perde tempo, já de si escasso, a candidatar-se sabendo à partida o resultado.
Quando se escolhem as coisas por decreto, temos a receita para que tudo corra mal, veja-se o caso da trapalhada da candidatura portuguesa à Agência Europeia do Medicamento, feita sem critérios e sem seriedade.
A subversão do mérito e das regras democráticas. É este o legado do Diretor-Geral da Saúde Francisco George.
É por isso que independentemente de quem seja o próximo, ou a próxima, DGS ganhamos todos com a sua saída.