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Sindicato Independente dos Médicos

JN: Atraso nos concursos leva médicos para hospitais privados

10 novembro 2017
JN: Atraso nos concursos leva médicos para hospitais privados
A abertura do concurso público para colocação de médicos especialistas nos hospitais está atrasada meio ano. Há cerca de 600 recém-formados - que terminaram o internato em abril - a aguardar pelo procedimento para poderem celebrar um contrato de trabalho num hospital público. Muitos destes jovens médicos são aliciados por hospitais privados e estrangeiros e acabam por desistir do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O atraso do Governo joga contra o SNS. E há um exemplo bem recente: no último concurso dos especialistas de Medicina Geral e Familiar, que abriu em setembro com um atraso de quatro meses, das 290 vagas abertas, 90 ficaram por preencher, realça o secretário-geral do Sindicato Indepen- dente dos Médicos (SIM). "São 170 mil utentes que continuam sem médico de família porque o Ministério da Saúde não teve capacidade para os contratar”, diz Jorge Roque da Cunha.

O dirigente garante que os 90 que desistiram do SNS estão todos a trabalhar "no privado”, embora muitos desejassem ficar no SNS. "As duas melhores internas do meu ACES [Agrupamento de Centros de Saúde de Loures-Odivelas] foram para hospitais privados”, acrescenta.

Os atrasos contrariam um despacho da tutela, de junho de 2016, que visa agilizar os procedimentos dos concursos (dispensa de entrevistas) para contratar com mais celeridade os recém-especialistas para o SNS. Em 2016 "correu relativamente bem, mas este ano é inacreditável”.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, diz que é "demasiado grave para ser verdade” e classifica a atitude do Governo como um "gravíssimo ataque ao SNS”. "É uma vergonha. O ministro tem os médicos que acabam a especialidade dispostos a trabalhar no SNS, não os aproveita abrindo concursos rapidamente, e depois vem dizer que é preciso formar mais anestesistas”, reage Miguel Guimarães.

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