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Sindicato Independente dos Médicos

Expresso: Não deem cabo do SNS

13 novembro 2017
Henrique Monteiro
Henrique Monteiro
Expresso Diário 9 de novembro 2017

Quando sabemos que o SNS está suborçamentado em cerca de mil milhões de euros por ano e estes números não partem de sindicatos, mas do próprio Conselho Nacional de Saúde; quando vemos o próprio Conselho Económico e Social (presidido pelo ex-ministro da Saúde Correia de Campos) concordar com esta análise; quando os sindicatos e a Ordem dos médicos também os confirmam, de uma coisa estamos certos: a suborçamentação é propositada. Não é por ignorância, por expectativas irrealistas ou por otimismo irritante. É, verdadeiramente, grave.

E se hoje, apesar do silêncio do costume em relação ao que corre mal no Governo, se fala disto é porque não se pode esconder mais. Fosse outro o Governo e teria direito a escândalo nacional – recordo que nos anos mais negros do resgate o Governo (e o ministro Paulo Macedo) eram acusados de querer destruir o Serviço Nacional de Saúde. Hoje nada disso se ouve, salvo esparsamente por pessoas ligadas ao poder, mas de espírito independente, embora estejam a destruir o SNS, aquele bem que, depois do Sol com que a natureza dotou o país, tem uma atratividade económica brutal.

Quando sabemos das dívidas a fornecedores, das guerras e guerrinhas dos trabalhadores que se acham mal pagos (e no geral são-no) em relação à responsabilidade e às horas que trabalham, é necessário que o ministro (mas mais do que um ministro simpático, mas com pouco poder, o Governo e o primeiro-ministro) percebam que muita coisa pode ser perdoada, mas não a destruição do SNS, mas não o aumento das listas de espera, o atraso das operações. Deveria ser este um dos assuntos centrais da discussão política, mas infelizmente não tem sido.

Não basta encher a boca de solidariedade social e de apoio aos mais desprotegidos. O SNS é a pedra de toque da seriedade de todo esse discurso. E a continuar assim confirma-se que todo esse discurso é – perdoem-me Vexas – treta.

Ler artigo completo em Expresso.

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