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Sindicato Independente dos Médicos

Expresso: Médicos ativam ‘legítima defesa’ no SNS

30 dezembro 2017
Expresso: Médicos ativam ‘legítima defesa’ no SNS
Expresso, 30 dez 2017, Vera Lúcia Arreigoso

É uma nova forma de protesto, individual e sem ruído. Dezenas de especialistas de hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a assinar declarações de isenção de responsabilidade sempre que têm de prestar cuidados sem os meios necessários. Em falta podem estar mais colegas ao serviço, exames ou até tempo para consultas ou cirurgias.

A denúncia é feita pelo Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos (OM): "O médico assume por escrito que as condições em que está a exercer não são as ideais e que a responsabilidade dos seus atos não é totalmente sua”, explica o presidente, Alexandre Valentim Lourenço. Os ‘documentos de legítima defesa’ foram idealizados pela própria Ordem em setembro, no auge do protesto dos enfermeiros parteiros recusando funções nos blocos de partos, e desde então têm chegado "em surtos, por exemplo de todos os médicos de um serviço ou de mais de 60 especialistas do mesmo hospital”.

Obstetras e anestesistas são os que mais estão a acionar este mecanismo de proteção e começam a surgir internistas e pediatras. "São médicos que prestam serviço na Urgência ou no bloco operatório. Há também casos sobre atrasos nas consultas porque os médicos são deslocalizados, quase sempre para as urgências”, revela o responsável da OM.

As denúncias são sobre falhas nos recursos humanos e nos meios técnicos. "Número reduzido de cirurgiões, falta de acesso a ecografias durante noite porque não há radiologista, esperar um mês pelo resultado de um exame que se faz em três dias porque faltam médicos na anatomia patológica, não dar epidural porque não há anestesista disponível”, descreve o responsável.

Há ainda relatos de efeitos indesejados de produtos mais económicos. "As luvas são más e rompem-se com facilidade, o fio utilizado em cirurgia é de fraca qualidade ou a epidural, em genérico, implica dar mais reforços.”

Ler artigo completo em Expresso.
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