O tão esperado concurso para a contratação de 110 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar vai finalmente avançar, mas ainda não há luz verde para a colocação dos mais de 700 jovens que concluíram em 2017 o internato nas especialidades hospitalares e de Saúde Pública.
Apesar dos atrasos, com este concurso o ministério abriu vaga para todos os médicos que acabaram a especialidade de Medicina Geral e Familiar em 2017. O mesmo não podem dizer os jovens especialistas da área hospitalar.
"Ainda bem que abrem finalmente estas vagas, mas isto é uma injustiça, é uma aberração”, reage o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães. O problema, argumenta, é que há jovens médicos que terminaram os internatos em especialidades hospitalares e que estão à espera da abertura de concurso "há quase um ano".
"Os médicos já não acreditam no ministro da Saúde”, afirma o bastonário que diz que deixou de acreditar, como aconteceu no passado, que a responsabilidade por este impasse deva ser atribuída ao ministro das Finanças.
Além da OM, também os sindicatos do setor têm-se desmultiplicado em críticas aos atrasos na abertura destes concursos, até porque o ministro da Saúde tinha assegurado, no início de janeiro no Parlamento, que os procedimentos iriam ser abertos "dentro de dias”.
Segundo o Sindicato Independente dos Médicos, pelo menos 200 dos cerca de 700 médicos recém-especialistas hospitalares já terão saído para o estrangeiro, para o setor privado ou para parcerias público-privadas, desistindo de aguardar pela abertura de concursos.
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Público.