Caro Colega e Associado do SIM:
Teve lugar nos dias 16 e 17 de março em Lisboa o XII Congresso Nacional do SIM, onde fui reeleito Secretário-Geral do SIM e na liderança de um Secretariado Nacional com provas dadas e reforçado.
Após aprofundado debate e discussão, o Congresso sufragou a estratégia continuar o processo negocial em curso. Posso dar-vos conta de que 93% dos congressistas discordaram da decisão unilateral da FNAM em marcar uma greve e uma manifestação de rua para início de abril. Foi generalizada a discordância relativamente à introdução pela referida associação sindical de questões não incluídas no caderno reivindicativo sindical e não consensualizadas previamente ao seu anúncio.
O SIM prosseguirá o seu esforço negocial na reunião aprazada para o dia 28 de março, por muito ténues que sejam as expectativas de tal reunião ser conclusiva. O SIM é um sindicato de Acordos, entendendo que uma greve médica não pode ser banalizada e que tem custos. Ainda que tenha de ser perspetivada e usada se e quando necessária.
Alguns dos pontos do caderno reivindicativo inicial do SIM já foram alcançados, nomeadamente a reversão do pagamento das horas extra a 100%, a consagração (em alteração do ACT) do descanso compensatório por trabalho noturno com prejuízo horário, algumas alterações legislativas a nível do Internato Médico, a reversão programada do pagamento das horas incómodas, a abertura de concursos ainda que com sucessivos atrasos…
Muito, mas muito e de fundamental há ainda a fazer.
O SIM não tem agenda político partidária. Não aspiramos a derrubar governos ou a demitir os seus elementos, não queremos marcar agenda política ou ser locomotivas de uma qualquer revolução.
Somos INDEPENDENTES e só agimos em função dos problemas dos médicos.
Lisboa, 19 de março 2018
O Secretário-Geral do SIM