DN, 19 junho 2018, Pedro Vilela Marques
Medidas de saúde pública ainda por tomar para responder a uma população que envelhece sem saúde; cobertura insuficiente de centros de saúde; setor hospitalar endividado e à beira de um ataque de nervos; cuidados continuados com pequenos desenvolvimentos menores; política do medicamento pouco compreensível e aparentemente em regressão.
Este é o quadro em tons escuros pintado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde no Relatório Primavera deste ano, que é apresentado hoje em Lisboa. Um documento que nas suas quase 200 páginas deixa muitas críticas à primeira metade desta legislatura, algumas propostas e poucos elogios ao Governo.
E as pedras no caminho começam desde logo nos cuidados de saúde primários, onde há uma "dissonância" entre o discurso oficial de serem uma prioridade política do governo e a prática, que mostra que o ano de 2017 foi o pior até agora na evolução das Unidades de Saúde Familiar (USF).
Descoordenação entre Saúde e FinançasE se a reforma nos cuidados de saúde primários está longe de ter sido concretizada, a dos hospitais parece estar ainda mais atrasada. Desde logo porque as instituições ainda vivem num clima marcado pelos cortes do período da troika.
O peso da confiança políticaAinda nos hospitais, o processo de nomeação [presidentes e membros dos conselhos executivos dos hospitais] é praticamente o mesmo, mantendo-se o forte peso de confiança política.
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