Nos últimos anos tem se verificado uma degradação na segurança dos cuidados prestados aos utentes na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA). Essa degradação deve-se à contínua diminuição de número de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais ao nível dos diversos serviços, promovendo o encerramento de camas nos serviços de Ortopedia, Medicina Interna, Unidade de Convalescença da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Unidade de Cuidados Pós-Cirúrgicos e Unidade de Cuidados Intensivos.
A diminuta existência de profissionais de saúde não tem permitido a criação de uma equipa de emergência intra-hospitalar, obrigatória por lei, dificultando os cuidados de saúde aos doentes internados, sendo estes doentes tratados pela equipa médica da urgência que se encontra diminuída por si só.
A redução diária das equipas de enfermagem na urgência conjuntamente com a ausência de uma política de construção de equipas dedicadas ao transporte de doentes críticos inter-hospitalares e a redução do número de camas na unidade de cuidados intensivos, tem afetado a capacidade da ULSLA em providenciar os devidos cuidados a população.
Recordamos ainda que estamos em pleno verão verifica-se um aumento exponencial de pessoas nesta região, não estando garantida a segurança dos doentes críticos que necessitarem dos cuidados de saúde da ULSLA.
O SIM pede ao Senhor Ministro da Saúde que tenha em conta que a população residente no Litoral Alentejano é constituída por seres humanos com os mesmos direitos que todos os outros, não se percebendo o porquê de a sua saúde estar a ser negligenciada.