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Sindicato Independente dos Médicos

Sobrinho Simões: “Estamos a dar cabo da qualidade do SNS”

27 agosto 2018
Sobrinho Simões: “Estamos a dar cabo da qualidade do SNS”
Expresso, Semanário 25 ago 2018, Pedro Santos Guerreiro

Sobrinho Simões teve sorte e a sorte tal como ele próprio a define não foi a de o AVC ser mais ou menos voraz. "A sorte foi eu estar no Porto e ser tratado no meu hospital, o São João, que é excelente”. Se estivesse longe de um hospital "excelente”, a sua história seria outra. "Pode escrever”, disse-nos ele ontem à tarde, quando lhe ligámos para discutir um pormenor da entrevista que havia que confirmar para a primeira do jornal, "quando tenho uma coisa grave vou para o SNS. Escreva isso”. Escrevemos aqui, porque a revista E já estava impressa àquela hora. E escrevemos o resto do que disse: "É preciso ter uma vida tão razoável quanto possível, ter bons clínicos, ter boas instituições e ter sorte”. Depois suspendeu a respiração uns segundos, baixou o tom de voz, e desabafou: "Estamos a dar cabo da qualidade do SNS sem ter qualquer vantagem em troca”.

O ministro da Saúde discordará da primeira metade da frase, o ministro das Finanças da segunda. Mas a degradação da qualidade do SNS, mesmo que ocorra perante o argumento do "aumento da procura” com a melhoria da esperança de vida, é comprovada por muito mais do que notícias não representativas amplificadas pela comunicação social. É comprovada por diretores que se demitem por falta de condições, não para eles mas para os doentes. É comprovada por médicos como Manuel Sobrinho Simões, que sabe bem a sorte que teve e outros não têm: os que têm "chatices” em regiões do país onde não está acessível a excelência de hospitais como o de São João.

Artigo completo em Expresso.

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