A entidade responsável pela informática da Saúde e o seu responsável Henrique Martins vivem num país virtual em que tudo está bem e para quem os repetidos problemas são, como dizia o seu antecessor na pasta da Saúde, meros casos pontuais.
Os apagões, falhas, lapsos, as intermitências e indisponibilidades das várias aplicações, de manha, à tarde e à noite, no Alert P1, na PEM, no SClínico, nos MCDT, com que os médicos de norte a sul se debatem diariamente, são minudências que não podem empalidecer o brilho e a aura que a SPMS e o seu responsável afincadamente cultivam.
Numa perfeita aplicação da estratégia Goebbeliana de que uma mentira muitas vezes repetida se transforma numa verdade, essa publicidade enganosa vai desde os esclarecimentos explicativos dos contratempos ("
Os Exames Sem Papel são um projeto tecnologicamente desafiante, que tem tido uma enorme adesão por parte de utentes, médicos e prestadores... equipas da SPMS a melhorar o sistema, a fim de criarem condições para a resolução destas falhas e o aumento da resiliência do sistema em implementação",
aqui) ao propalado protagonismo e mediatismo na Web Summit em curso ("
No segundo dia da Web Summit, centenas de pessoas já passaram pelo stand da SPMS, incluindo personalidades políticas",
aqui).
Sr.ª Ministra da Saúde: o SIM não tem por hábito pedir demissões. Não é agora que o fará.
Mas uma coisa fará sempre: alertar os responsáveis máximos.
E no caso presente, Sr.ª Ministra, esperamos que esta incompetência revelada no dia-a-dia e dia após dia não a possa deixar dormir tranquila até estar resolvida.
De qualquer modo o SIM, sensível as insónias dos titulares
da pasta da Saúde, propõe-se desde já entregar um generoso carregamento de valeriana na
João Crisóstomo no decurso da próxima reunião com os Sindicatos Médicos.