Foi esta semana publicada a substituição do Conselho de Administração (CA) deste Centro Hospitalar que inclui o Hospital de São José, Hospital de Santo António dos Capuchos, Hospital de Santa Marta, Hospital de Curry Cabral, Hospital Dona Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa (MAC).
O CA cessante foi brindado com a realidade atual de subfinanciamento do SNS e demonstrou total inabilidade na gestão dos recursos humanos e financeiros.
Em termos laborais sucederam-se os atropelos, contribuindo para o desgaste e desmotivação das equipas, levando inclusive a inúmeras demissões por:
- Escalas de médicos incompletas e abaixo dos mínimos;
- Inexistência de horários de trabalho ou horários não conformes a lei;
- Pagamento incorreto aos médicos sindicalizados entre as 07:00 e as 08:00 da manhã;
- Incumprimento dos descansos compensatórios;
- Sobreposição de tarefas de atividade programada com as de urgência;
- Indisponibilidade de medicamentos, material cirúrgico e outro material clínico.
Em termos assistenciais vejamos, face a 2017, os resultados de 2018, o seu último ano de mandato:
- Menos 2.268 doentes saídos do internamento;
- Menos 13.179 consultas;
- Menos 1.020 cirurgias;
- Lista de espera de inscritos para cirurgia com um aumento do número de doentes em espera de 14,3% (+1.899 doentes) e um agravamento do tempo médio de espera em 15,9% (+31 dias);
- A hemodiálise a doentes crónicos registou uma diminuição de 465 sessões (menos 11,4%);
- Num ano em que a natalidade aumentou, a MAC realizou menos 245 partos.
O SIM saúda o fim desta página negra e pede menos teorias da contratualização e mais diálogo com os profissionais e competência na gestão dos históricos Hospitais Civis de Lisboa.
CHULC Relatório 2018