Corria o ano de 2016 quando numa unidade funcional de um ACES do Grande Porto, uma Médica de Família e uma assistente operacional foram agredidas por uma utente.
Crime público, é sobejamente sabido.
Sem apoio por parte da sua Directora Executiva e com a passividade da ARS Norte, desiludida também com o ensurdecedor silêncio de entidades como a ERS sempre prontas a investigar os actos praticados pelos profissionais de Saúde alvo de participações dos senhores utentes, a médica agredida foi acolhida, quando voltou ao trabalho, por responsáveis e colegas de um ACES vizinho.
A médica socorreu-se do apoio sindical e jurídico do Sindicato Independente dos Médicos de que era associada, seguindo os passos descritos em pormenor no site do SIM para estas situações (
O que fazer em caso de violência praticada contra os trabalhadores médicos sindicalizados?).
Intentada a correspondente acção judicial patrocinada pelo SIM, esta teve o seu epílogo este mês em sentença pronunciada pelo Juízo Local Criminal de Vila Nova de Gaia - Tribunal Judicial da Comarca do Porto.
A agressora foi condenada pela prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada, bem como no pagamento de uma quantia monetária simbólica a título de indemnização à médica ofendida e pagamento de 6/7 das custas judiciais.