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Sindicato Independente dos Médicos

Público: “Estamos a aproximar-nos da tempestade perfeita” na Saúde

28 junho 2019
Público: “Estamos a aproximar-nos da tempestade perfeita” na Saúde
Público, 27 junho 2019, Helena Pereira e Eunice Lourenço

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, aponta o dedo a António Costa, acusando-o de fragilizar propositadamente os médicos do sector público e com isso facilitar a vida ao sector privado.

Greves de médicos e de enfermeiros, serviços a ameaçar fechar no Verão por falta de profissionais, cirurgias adiadas por falta de materiais básicos, tratamentos de oncologia que não arrancam por falta de exames. Como é que chegámos aqui?
Temos uma situação que é aquela que é visível por todos os portugueses e que só não é visível pelo Governo, que está numa atitude de denegação. Dados objectivos do Tribunal de Contas dizem que nunca o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi tão baixo. Estamos a falar de 4,8% do PIB.

Esta semana, o ministro das Finanças veio dizer que o SNS nunca teve tanto dinheiro e tanta gente...
Provavelmente isso terá sido na sua viagem para Bruxelas a tentar justificar o injustificável. Os problemas que ocorrem nas maternidades no Sul do país e todos os dias nos serviços de urgência deviam merecer por parte do sr. ministro das Finanças algum respeito pela verdade. Quando se verifica que, num contexto de maior carga fiscal de sempre, de maior dívida pública em termos nominais, o Tribunal Constitucional identifica que, em relação ao período da troika, há um menor investimento em recursos humanos e em recursos materiais com uma população cada vez mais envelhecida, só um Governo totalmente insensível diz isso e um Ministério das Finanças que só à conta da caça ao voto procura tapar o sol com a peneira.

Percebo que, para o dr. António Costa, o SNS seja um irritante, é uma coisa que o aborrece. Na semana passada, disse que porventura iria pedir desculpa aos portugueses, mas isso não adianta. Era importante que criasse as condições para que os médicos se sentissem bem no SNS e que se recorresse cada vez menos a empresas de prestação de serviços. Estamos a falar de 110 milhões de euros de prestadores de serviços. Ainda recentemente a Rádio Renascença identificou um médico que recebe 330 mil euros por ano. Não é admissível que um Estado ache que gastar esse dinheiro é tratar bem os seus funcionários. Em dez anos, entre 2005 e 2015, reformaram-se no topo da carreira 1428 médicos e apenas 300 foram substituídos.

Entrevista completa em Público.

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