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Sindicato Independente dos Médicos

Parturientes e uma Ministra da Saúde

06 julho 2019
Parturientes e uma Ministra da Saúde
As grávidas não são todas iguais

Maternidade do Hospital de Portimão envia as grávidas de risco e parturientes para Faro, ao que parece por falta de Pediatras, sendo obrigadas a fazer 68 km por autoestrada.

Mas Faro esgota a sua capacidade de atendimento e envia de ambulância para Évora a 224 km, como aconteceu esta noite pelas 04 da madrugada com uma grávida de 28 semanas e seis dias com rotura prematura de membranas e que ficou internada no Serviço de Obstetrícia.

Enquanto isso as grávidas transmontanas de Freixo de Espada à Cinta têm de fazer kms por estradas que poucos conhecem para parir em Vila Real (146 km) ou Bragança (144 km).

Enquanto isso ontem uma estação televisiva noticiava avidamente logo pela manhã que nenhuma das quatro Maternidades de Lisboa, a Capital do Império, distantes entre si escassos km, iriam encerrar no Verão e que iria haver reforço de Pediatras e Obstretras (sic).

Mas como? Especialistas mesmo ou tretas? Prestadores de serviços pagos a quanto à hora? Ou são médicos do quadro que desse modo serão igualmente pagos como propunha o Bastonário? Caíram do céu aos trambolhões?

Enquanto isso a Ministra derrapa em entrevista televisiva à SIC e reconhece, alertada pelo entrevistador para que como Ministra da Saúde tem de se cingir às circunstâncias em que funciona o SNS, que afinal sempre faltam Obstetras no SNS.

Mal pago o trabalho médico a justificá-lo? Bem, Ministra diz que o trabalho de um Médico é tão valioso como o de um assistente operacional...

Vá lá que foi salva pelo término do programa e não teve tempo para dizer que os resultados do HIV 90/90/90 salientados pelo entrevistador se devem ao trabalho dos assistentes operacionais...

Com a propensão desta governante para declarações irresponsáveis nada admira... já quanto aos números ainda está fresquinha a acusação do Tribunal de Contas de a ACSS, quando Marta Temido era a sua presidente, manipular os números.

Senhora Ministra,

O Senhor Bastonário afirma que a Senhora não respeita os Médicos.

Está provado que sim.
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