A desorganização e incapacidade de resposta, dada a falta de recursos humanos, tem sido recorrentemente denunciada pelos médicos do INEM.
Mais de quatro horas para aceder a cuidados hospitalares urgentes do ferido com queimaduras graves do incêndio de Vila do Rei é inadmissível.
É inexplicável a demora no socorro pré-hospitalar perante a gravidade deste tipo de situação, agravada com a garantia nos
briefings da autoridade de proteção civil a afirmar que tudo está bem.
Podem mesmo considerar-se como pequenos milagres as dezenas de vidas salvas todos os dias, pelos médicos nestas condições de trabalho, com uma rede de suporte tão limitada.
O SIM enviou há mais de três anos uma proposta para se apostar na carreira médica com um quadro de médicos altamente especializados e dedicados, o Ministério da Saúde persiste na aposta nos prestadores de serviço, recusa a contratação coletiva e insiste na precariedade e na desresponsabilização.
O número de médicos escalados é MANIFESTAMENTE INSUFICIENTE, para se poder desempenhar em condições de segurança um trabalho que é de elevada responsabilidade, exigência e pressão constante.
Nestas condições, a probabilidade de erro nas decisões médicas tomadas é consideravelmente mais elevado com todas as consequências que daí podem advir quer para os doentes, quer para os profissionais médicos em causa.
Esta situação é recorrente, tem sido reportada várias vezes por médicos, mas infelizmente não se tem conseguido uma resposta de um governo mais preocupado com inaugurações do que encontrar soluções para o País.
Seguiu o ofício que segue em anexo para o Ministério da Saúde, corporizando alerta de muitos médicos do INEM.
O SIM exige responsabilidade e investimento no INEM e não foguetório e propaganda!!!
Ofício MS Reforço do número de médicos no CODU (INEM)