Rádio Renascença, 30 novembro 2019
O presidente do PSD defendeu este sábado, em Aveiro, que o Governo dificilmente evitará a tendência crescente para os médicos portugueses emigrarem, enquanto não aplicar a esses profissionais os mesmos aumentos remuneratórios de que beneficiaram os magistrados, já salarialmente favorecidos.
Para o líder parlamentar do PSD e recandidato à presidência do partido nas eleições internas de 11 de janeiro, "a questão dos médicos - e, em parte, dos enfermeiros também - tem a ver efetivamente com as condições de trabalho", o que passa muito pela remuneração salarial, "mas não só".
Rui Rio defende que o SNS vem registando "uma degradação brutal" e que "é completamente diferente um médico trabalhar num hospital bem equipado e organizado ou trabalhar num hospital que é uma barafunda total e onde faltam coisas", mas reconhece que as diferenças no tratamento salarial de diferentes classes da função pública também pesam na insatisfação do meio clínico.
Relacionando o exemplo dos médicos com o dos magistrados judiciais e do Ministério Público, o líder social-democrata explica: "O Governo está numa posição difícil para agora chegar aos médicos e dizer que não há dinheiro [para aumentos salariais]. Há dinheiro para os que já ganham mais e não há para os que ganham menos?".
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