Comunicado: Desapontamento e preocupação
12 dezembro 2019
O Sindicato independente dos Médicos – SIM saúda o Governo por finalmente reconhecer que existe um problema sério no SNS... Meses em denegação a dizer que está tudo bem. Tal terá terminado hoje.
Mas desapontados com as expectativas criadas e a propaganda à volta de um maior investimento no Serviço Nacional de Saúde.
Desapontados porque apesar das promessas eleitorais, apesar do anúncio do Sr. Primeiro-Ministro no Parlamento e da esperança referida pelo Sr. Presidente da República, dos 800 milhões desde logo 400 milhões são para pagar parte da dívida do 1º Governo do Dr. António Costa que se estima seja neste momento próximo de 3.000 milhões.
Desapontados porque dos restantes 400 milhões, 190 são para investimento plurianual num contexto de o último quinquénio ter sido o de menor investimento de sempre ... e todos nos lembramos por exemplo dos anúncios dos Hospitais de Évora, Faro, Funchal, Seixal, Sintra e Lisboa (Hospital de Todos-os-Santos) ao mesmo tempo que se mantêm os equipamentos obsoletos no SNS.
Desapontados porque foram anunciados apenas 4 milhões de euros para os Cuidados de Saúde Primários, o que dá menos de 2.000 euros por edifício.
Desapontados porque ignora a Saúde Pública e a necessidade de investimento nesta área.
Desapontados porque em vez de anunciar um processo negocial de alteração das grelhas salariais, tenta impor um modelo de pagamento que apenas servirá para uns nichos hospitalares.
Desapontados porque apenas se tomam medidas para que a Banca, como a Caixa Geral de Depósitos, possa ser competitiva com o privado e estrangeiro.
E preocupados. Preocupados porque é sabido que, mesmo que esses valores sejam realmente colocados no Orçamento de Estado, poderão continuar as cativações com que nos últimos 4 anos o Dr. Mário Centeno presenteou o sector da saúde.
Preocupados porque o Governo em vez de se preocupar em diminuir a saída de médicos do SNS, em atrai-los para esse SNS que diz defender, em diminuir o número de cidadãos sem médico de família, em diminuir as listas de espera para cirurgias e consultas, e assegurar serviços de urgência dotados de médicos em qualidade e quantidade, tem uma enorme preocupação com a propaganda.
O Secretariado Nacional do SIM
Lisboa, 11 de dezembro de 2019
Mas desapontados com as expectativas criadas e a propaganda à volta de um maior investimento no Serviço Nacional de Saúde.
Desapontados porque apesar das promessas eleitorais, apesar do anúncio do Sr. Primeiro-Ministro no Parlamento e da esperança referida pelo Sr. Presidente da República, dos 800 milhões desde logo 400 milhões são para pagar parte da dívida do 1º Governo do Dr. António Costa que se estima seja neste momento próximo de 3.000 milhões.
Desapontados porque dos restantes 400 milhões, 190 são para investimento plurianual num contexto de o último quinquénio ter sido o de menor investimento de sempre ... e todos nos lembramos por exemplo dos anúncios dos Hospitais de Évora, Faro, Funchal, Seixal, Sintra e Lisboa (Hospital de Todos-os-Santos) ao mesmo tempo que se mantêm os equipamentos obsoletos no SNS.
Desapontados porque foram anunciados apenas 4 milhões de euros para os Cuidados de Saúde Primários, o que dá menos de 2.000 euros por edifício.
Desapontados porque ignora a Saúde Pública e a necessidade de investimento nesta área.
Desapontados porque em vez de anunciar um processo negocial de alteração das grelhas salariais, tenta impor um modelo de pagamento que apenas servirá para uns nichos hospitalares.
Desapontados porque apenas se tomam medidas para que a Banca, como a Caixa Geral de Depósitos, possa ser competitiva com o privado e estrangeiro.
E preocupados. Preocupados porque é sabido que, mesmo que esses valores sejam realmente colocados no Orçamento de Estado, poderão continuar as cativações com que nos últimos 4 anos o Dr. Mário Centeno presenteou o sector da saúde.
Preocupados porque o Governo em vez de se preocupar em diminuir a saída de médicos do SNS, em atrai-los para esse SNS que diz defender, em diminuir o número de cidadãos sem médico de família, em diminuir as listas de espera para cirurgias e consultas, e assegurar serviços de urgência dotados de médicos em qualidade e quantidade, tem uma enorme preocupação com a propaganda.
O Secretariado Nacional do SIM
Lisboa, 11 de dezembro de 2019
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