O SIM saúda o cumprimento da
lei que determina a obrigatoriedade de abertura de concursos para os médicos recém-especialistas no prazo de 30 dias após a homologação e afixação da lista de classificação final do internato médico, esperando que, conforme anunciado, segunda-feira seja publicado também o aviso de abertura de concurso para a área hospitalar.
Lamentamos contudo a falta de investimento do Ministério da Saúde na melhoria das condições de trabalho - incluindo remuneratórias - dos médicos do SNS e a recusa de tomar medidas semelhantes à da Caixa Geral de Depósitos que permitam tornar o SNS atrativo face ao setor privado e ao estrangeiro.
É lamentável também que, mais uma vez, as 232 vagas ocupadas por
médicos aposentados em exercício não tenham sido abertas no concurso, especialmente no Norte, o que faz com que dezenas de médicos sejam obrigados a sair do SNS dado os preços incomportáveis das rendas de casa e as suas obrigações familiares.
Por tudo isto, resultará que tal como nos últimos dois anos cerca de um terço das vagas não serão ocupadas. Esperamos que não seja usado este facto para acenar com a obrigação de amarrar os médicos recém-especialistas ao SNS, ou sugerir ingratidão dos médicos perante o Governo.