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Sindicato Independente dos Médicos

Obstetras do CH Póvoa/Vila do Conde recusam correr riscos

27 janeiro 2020
Obstetras do CH Póvoa/Vila do Conde recusam correr riscos
As determinações técnicas para os serviços de Obstetrícia que efetuam mais de 1.200 partos por ano, como acontece com o Urgência de Obstetrícia e Bloco de Partos do Centro Hospitalar da Póvoa/Vila do Conde, são bem claras, visando a correta assistência e segurança das parturientes: as equipas de urgência têm de ser formadas por três especialistas em presença física (podendo o 3º especialista ser um Médico Interno da especialidade do 2º ao 6º ano).

O Serviço de Ginecologia/Obstetrícia, apesar de ter um quadro médico envelhecido (mais de metade do Serviço tem idade superior a 50 anos), tem feito um esforço extraordinário para o desenvolvimento do mesmo, conseguindo este ano ultrapassar os 1.200 partos. De acordo com as recomendações da Ordem dos Médicos as equipas de urgência deveriam passar a ser constituídas por três elementos em vez dos atuais dois elementos por equipa.

Nesse sentido os Médicos Obstetras alertaram o Diretor do Serviço no sentido de elaborar escalas de urgência com três elementos a partir de janeiro de 2020, tendo o mesmo solicitado autorização ao Conselho de Administração para a elaboração das referidas escalas.

A resposta do Conselho de Administração foi que o facto de se ter alcançado os 1.200 partos ano pela primeira vez nos últimos 10 anos pode ter sido um acontecimento esporádico e que não se irá manter no próxima ano, motivo pelo qual consideram que se deve manter escalas com dois elementos e futuramente (não especificando quando) esse pedido seria reavaliado.

Os Obstetras têm assim que continuar a desdobrar-se na realização de várias atividades em simultâneo, aumentando assim o risco de haver um acidente (que pode ter consequências graves).

Face a isto, os Obstetras entregaram já em dezembro do ano findo um pedido de escusa de responsabilidade ao Diretor de Serviço e posteriormente ao Presidente do Conselho de Administração e ao Diretor Clínico, e denunciaram a situação à Ordem dos Médicos, esperando que a segurança das parturientes fale mais alto para o Conselho de Administração do que os cifrões.
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