Sindicato Independente dos Médicos

O SIM desde o início que vem alertando para a necessidade de os governantes falarem verdade.

O SIM desde o início que vem alertando para a falta de materiais de protecção adequados e racionados com base em critérios discutíveis e preconizando-se o seu uso minimalista.

O SIM desde o início que vem alertando para a necessidade de despistagem, com testes aplicados a todos os profissionais com contacto próximo, mesmo que assintomáticos.

Tal em benefício último da população portuguesa, pois sem médicos (e outros profissionais da saúde) não vamos lá.

O Ministério da Saúde, através da Srª Ministra, do Sr. Secretário de Estado e da Srª Directora-Geral da Saúde não só tentaram desvalorizar o atingimento dos médicos, inclusive fazendo repetida menção ao contágio fora de contexto profissional (como se não tivessem direito a ter vida familiar e social), como tentaram escamotear números.

Quando em 15 de março o SIM diz que " há mais de 50 médicos infectados e 150 em quarentena” a Srª Directora-Geral responde: "Há profissionais de saúde que se infectaram no seu contexto da vida do dia-a-dia. Nós temos um grupo de sete que se infectaram fora dos ambiente hospitalares. Há aqui duas circunstâncias totalmente diferentes: profissionais que se infectam no âmbito da sua actividade e profissionais que se infectam no âmbito da sua vida social. Temos que distinguir estas duas características".

Há cerca de uma semana em conferência de imprensa, assumiram que existiam 84 médicos infectados.

Em 28 de março já dizem: "O número de profissionais de saúde em Portugal já infectados pelo novo coronavírus é de 764, anunciou este sábado a Directora-Geral de Saúde, em conferência de imprensa”. Nada disse em relação à percentagem de médicos. O número representa mais de 14% dos casos confirmados, que, segundo o boletim diário, são já 5170, dos quais 100 pessoas morreram.

O SIM exige saber quantos médicos estão infectados e quantos estão em quarentena. Sem subterfúgios.