A falta de investimento no SNS aliado à pandemia aumentou as listas de espera e os utentes sem médico para níveis injustificáveis.
O sofrimento causado às famílias aumentou com a maior dificuldade de acesso aos cuidados de saúde resultante de diretivas do governo.
Ora, ao invés de considerar os médicos como parceiros, o Governo demonstra indiferença, não respondendo às dezenas de pedidos de reunião com a senhora Ministra da Saúde, das Finanças, da Justiça e do Senhor Primeiro-Ministro. Às cerca de três centenas de ofícios enviado pelo SIM nem a dez terá respondido.
A este espírito construtivo o SIM tem tido como resposta uma escala de ataques, verbais e de carácter em on e em off com falsidades do Ministério da Saúde a que se juntou o senhor Primeiro-Ministro.
A gravíssima situação dos lares é agora o tema para enlamear os médicos.
Não cumprindo sequer o dever de fiscalização - menos de um quinto dos lares foram objeto de fiscalização - em vez de obrigar e apoiar a que exista assistência médica, o Governo rasga a lei que assinou com os sindicatos médicos e com o conluio do presidente da União das Misericórdias - que quer poupar uns trocos muitas vezes para alimentar estruturas de direção e privilégios - pretende por a população contra os médicos obrigando Médicos de Família a resolver até ausência de férias de médicos de lares.
O SIM exige que o Governo e as instituições garantam médico e enfermeiro nos lares. Bastaria aumentar em um euro dia a comparticipação da Segurança Social
O SIM reafirma a impossibilidade e ilegalidade dos exaustos e sobrecarregados Médicos de Família assumirem uma responsabilidade que não é deles.
Um despacho da Senhora Ministra da Saúde não revoga o Decreto-Lei que o Governo assinou e muito menos se sobrepõe aos Acordos Coletivos de Trabalho que definem claramente o local de trabalho dos médicos.
O SIM recusa a que o Governo pretenda retirar ainda mais a assistência aos portugueses que têm Médico de Família, diminuindo ainda mais a acessibilidade dos que não têm, ao diminuir ainda mais o número de médicos nos Centros de Saúde.
O SIM exige respeito e apela ao Governo que evite a escalada verbal contra os médicos porque sabemos todos que é o rastilho para aumentar a violência perante os profissionais.