JN/Lusa, 5 outubro 2020
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reclama um médico e um enfermeiro para cada lar, pois considera que o que se está a passar nestas instituições que acolhem idosos é inqualificável.
Desde março, data do início da pandemia de COVID-19 em Portugal, que todos sabem que existe "um grande fator de risco" nos lares, que são "bombas relógio", afirma Jorge Roque da Cunha em entrevista à agência Lusa.
"Aquilo que está a acontecer em relação aos lares é perfeitamente inqualificável, politicamente é um crime que não tem qualquer explicação", acusou o líder do SIM.
"Temos um Ministério da Segurança Social (...) que se recusa a olhar para este problema de uma forma séria e obrigar que cada lar tenha um médico e um enfermeiro", nota.
Os médicos de família, que já tinham dificuldades em dar resposta aos 1.900 utentes que cada um tinha em média para cuidar antes da pandemia, estão ainda apoiar os doentes com COVID-19, que são 24.000.
"Nunca houve tantos" casos para acompanhar e ao mesmo tempo têm de recuperar a atividade assistencial nos centros de saúde.