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Sindicato Independente dos Médicos

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central atropela direitos dos internos, o bom senso e a legalidade

14 dezembro 2020
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central atropela direitos dos internos, o bom senso e a legalidade
Assiste-se no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) a um inadmissível processo de pressão aos Médicos Internos das áreas afins da Medicina Interna, daquele Centro Hospitalar, colocando em risco de inadequada assistência os doentes internados e em risco acrescido de erro/negligência, tornando-se perigoso quer para os doentes, quer para os médicos.

Desde julho do presente ano que esta situação é do conhecimento do Conselho de Administração do CHULC, que prometeu informalmente a resolução da mesma.

Os Médicos Internos de Medicina Interna, têm sido "compulsivamente motivados” a prestar horas extra, ultrapassando já, em alguns casos, as 400 horas anuais, através de, nas palavras do Exm.º Diretor Clínico "motivação compulsiva” e com o reiterado desrespeito pelas minutas de escusa de horas, pela sua formação, descanso, saúde física e mental, revelando uma falta de respeito pela formação e pela sanidade mental dos médicos internos.

Verifica-se nesta instituição hospitalar, por escalas frequentemente deficitárias, a alocação de apenas um ou dois Médicos Internos de Medicina Interna no Polo Curry Cabral, os quais são responsáveis pela enfermaria de Medicina, atualmente com cerca de 70 doentes COVID-19, e pelo apoio a todos os restantes doentes do polo, das 20h às 8h diariamente, sem nenhum Médico Especialista em presença física.

Verifica-se igualmente a "motivação compulsiva” de Médicos Internos de áreas afins da Medicina, para prestar apoio aos doentes COVID-19, com desrespeito pelo plano de formação e a realizar trabalho além das suas capacidades e consequente risco de erro médico.

É lamentável que depois de meses de espera e mais de um mês decorrido após a última reunião entre o Sindicato Independente dos Médicos e o Conselho de Administração, a situação se mantenha.

Assim, não resta outra possibilidade ao SIM que não seja a denúncia pública da situação e comunicar que irá fazer chegar essa situação à Ordem dos Médicos esperando que seja rapidamente resolvida, sob pena de responsabilidade do CA, por inação pôr em risco a segurança dos doentes.
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