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Sindicato Independente dos Médicos

Problemas com a vacinação COVID-19: profissionais de saúde esquecidos e ultrapassados

16 janeiro 2021
Problemas com a vacinação COVID-19: profissionais de saúde esquecidos e ultrapassados
Vacinar é fundamental para combater a pandemia e defender a saúde dos cuidadores e da população em geral. A vacinação não serve só para propaganda do Governo!

O Ministério da Saúde, concentrado nas ações de propaganda, ao invés de investir na organização de um plano de vacinação eficiente das escassas vacinas, parece alheado da desorganização que se passa no terreno.

Achamos inadmissível que, numa altura em que o número de casos dispara e se ultrapassam os 10.000 diários, se continue a colocar em risco desnecessário profissionais de saúde que trabalham na linha da frente em vários serviços hospitalares e centros de saúde.

Muitos médicos especialistas e internos que colaboram semanalmente no serviço de urgência e cujo trabalho integra uma área dedicada aos doentes respiratórios são, sem qualquer dúvida e segundo as orientações do Governo, um grupo prioritário.

Estas orientações foram desrespeitadas em vários locais do SNS e todos os dias são noticiadas muitas dezenas de graves distorções do anunciado plano, como por exemplo:    Não vacinação dos Pediatrias que fazem urgência no Hospital de Viana do Castelo, alguns deles internos complementares a fazer SU em hospitais centrais onde todos os elementos já foi vacinados.
  • Serviço de transplantes do Hospital de Santa Cruz, em que nesse centro hospitalar se recusa vacinar médicos que tiveram COVID-19 em abril de 2020;
  • Em Penafiel igualmente problemas;
  • Médicos de Família na ULS Matosinhos e na ULS Castelo Branco esquecidos;
  • Equipas de Ortopedia da Santa Casa da Misericórdia a fazer SU em S. Francisco Xavier;
  • Serviços de Radiologia do Centro Hospitalar Lisboa Central que contactam com positivos.
Menos de um terço dos profissionais foram vacinados na esmagadora maioria dos hospitais. A gravidade da situação aumenta com a recusa da explicação de alegadas instruções de uma task-force  (cuja composição efetiva se desconhece), assim como a capacidade operacional ou um documento de orientações formais por escrito.

Essa falta de transparência é perniciosa e para além da revolta que causa, alimenta, esperamos que infundadas, suspeitas.

O SIM exige rigor seriedade  e transparência com a publicação do número de vacinas aplicadas por local, e com uma previsão ainda que aproximada de quando se irá completar a vacinação prioritária destes profissionais de saúde.

Não podem os profissionais de saúde estar ao sabor da fotografia mais conveniente da Sra. Ministra da Saúde que, ao expor-se tanto a lançar foguetes, corre riscos desnecessários.

O SIM vem exigir conhecer a calendarização e apela aos médicos que denunciem as situações comprovadamente irregulares.

No dia em que se anuncia a chegada de 70.000 vacinas, o SIM manifesta séria preocupação quanto à preparação do plano para vacinar mais de 7 milhões de portugueses a começar pelos mais idosos, estando em lares ou não.

É impossível, demagógico e enganador colocar mais essa carga nos pressionadíssimos centros de saúde.

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