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Sindicato Independente dos Médicos

Vacinação: Exige-se transparência e seriedade nos critérios

01 fevereiro 2021
Vacinação: Exige-se transparência e seriedade nos critérios
Mais de um mês depois do início da vacinação contra a COVID-19 em Portugal, há apenas 74 mil pessoas com as tomas completas, de um total de 1 milhão e 621 mil pessoas incluídas na primeira fase.

De entre os mais de 141 mil profissionais de saúde do SNS57 mil têm as tomas completas, existindo apenas mais 16 mil com a primeira dose, faltando ainda vacinar os milhares de trabalhadores de limpeza e de segurança.

Foram vacinados menos de um quinto dos profissionais de saúde no Hospital das Forças Armadas.

Não há sequer datas previstas para a vacinação nos Hospitais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa - onde se incluem o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, o Hospital Ortopédico de Sant'Ana e os centros médicos - instituições de saúde das Santas Casas pelo país, hospital e centros médicos do SAMS e Cruz Vermelha.

Exige-se transparência e seriedade na divulgação do número de vacinas administradas por local e por grupo profissional. Várias unidades prestadoras de cuidados de saúde continuam sem um único profissional de saúde vacinado contra a COVID-19.

Exige-se combate aos oportunistas e chico-espertos que ultrapassam as regras, com punição para além da censura social.

É também fundamental transparência e seriedade nos critérios de seriação das pessoas pertencentes aos grupos prioritários, nomeadamente na seriação das pessoas com mais de 80 anos e pessoas com as doenças crónicas incluídas na primeira fase.

Há um total potencial de mais de 1 milhão e 300 mil doses que terão de ser administradas às pessoas com 80 ou mais anos de idade.

De um total de 800 mil doses que terão de ser administradas às pessoas entre os 50 e 79 anos com doenças crónicas, só 12 mil doses foram ainda administradas.

É fundamental a criação de centros de vacinação contra a COVID-19 com um quadro próprio que não exija a mobilização de recursos humanos do sobrecarregadíssimo SNS. Sobrecarregar ainda mais os Centros de Saúde com esta tarefa, num momento em que milhares de médicos e enfermeiros estão deslocados para Áreas Dedicadas a Doentes Respiratórios ou estão sobrecarregados com vigilância de doentes com COVID-19 ou doentes suspeitos de COVID-19 resultará num prejuízo ainda maior para os doentes não-COVID-19.

Por fim, realça-se como positiva a implementação de uma medida básica de organização proposta pelas organizações médicas - a criação de uma lista de suplentes para vacinação - embora se lamente que só agora tal medida venha a ser implementada, o que teria evitado o lamentável aproveitamento de figuras "importantes" da nossa sociedade.


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