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Sindicato Independente dos Médicos

Vacinas: Irregularidades nas listagens e números de vacinados

04 fevereiro 2021
Vacinas: Irregularidades nas listagens e números de vacinados
Nas listagens de doentes de risco a vacinar na primeira fase faltam milhares de pessoas.

A primeira fase do plano de vacinação contra a COVID-19 inclui as pessoas entre os 50 e 79 anos com patologias de risco.

Na semana passada foram enviadas às unidades funcionais dos Cuidados de Saúde Primários as listagens de doentes de risco a vacinar, com indicação para "validação" das listagens de milhares de pessoas num prazo inferior a 24 horas.

No entanto, nessas listagens enviadas aos Médicos de Família faltam milhares de doentes de risco que cumprem os critérios para vacinação na primeira fase.

Os diagnósticos estão feitos e registados corretamente pelos Médicos de Família nos respetivos processos clínicos dos doentes. No entanto, os doentes não surgem nas listagens de doentes com essas patologias.

O SIM alerta desde já para este grave problema, esperando que os responsáveis pela implementação do Plano de Vacinação aos mais diversos níveis, nomeadamente os responsáveis pela extração das listagens, assumam as suas responsabilidades e corrijam os erros cometidos. Que não se espere que os Médicos de Família assumam uma responsabilidade que não têm neste processo.

O SIM alerta ainda para o facto de, a manter-se o ritmo de vacinação atual, serem necessários mais de 9 meses só para vacinar as pessoas da primeira fase.

De facto, segundo estimativas do plano de vacinação, na primeira fase estão incluídas mais de 1 milhão e 600 mil pessoas, o que poderá significar a administração de mais de 3 milhões e 200 mil vacinas. Ora, durante o primeiro mês do programa de vacinação foram administradas apenas 331 mil vacinas.

Mais uma vez o SIM apela à criação de centros de vacinação contra a COVID-19. Estes centros deverão ter um quadro próprio que não exija a mobilização de recursos humanos do sobrecarregadíssimo SNS. A ideia de sobrecarregar ainda mais os Centros de Saúde com esta tarefa, num momento em que milhares de médicos e enfermeiros estão deslocados para Áreas Dedicadas a Doentes Respiratórios ou estão sobrecarregados com vigilância de doentes com COVID-19 ou doentes suspeitos de COVID-19, terá trágicos resultados para os doentes não-COVID-19.

Por fim o SIM destaca as irregularidades nos números presentes no balanço do primeiro mês de vacinação. O balanço indica um total de 331 mil vacinas (178 mil + 5 mil com uma toma e 74 mil com duas tomas). No entanto, na tabela de farmacovigilância são referidas apenas 203 mil vacinados. Portanto, os números não batem certo.

Mais uma vez o SIM exige transparência e seriedade na divulgação do número de vacinas administradas com discriminação por local.
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