Sindicato Independente dos Médicos

Não se sabe quando chegam e sem aviso prévio, a toda a hora, podem aparecer os batedores e carros de luzes azuis fulgurantes da PSP, portadores do "ouro”.

Não se sabe quantos frascos chegam... 6, 10, 12... 36, 60, 72 doses vacinais se bem aproveitadinhos os frascos perfurados...

O 2424 não funciona, essa aplicação geradora de um SMS, e que disseram ser a menina dos olhos da SPMS para esta guerra, está a deixar ficar mal o esforço vacinal e a pôr em água os neurónios de quem no terreno tem de colocar a coisa em marcha...

Há doentes sem telemóvel e mesmo os que o têm (e actualizado no Registo Nacional do Utente), não respondem ou não sabem responder, e os elementos da dita Task Force local para a vacinação COVID-19 têm de fazer a toda a pressa contacto a contacto.

Os Médicos de Família não sabem o que dizer sobre a data de vacinação aos seus doentes considerados prioritários para a 1ª fase, numa selecção efectuada pela ACSS a partir dos registos clínicos e tendo por base uma escolha (ela mesma discutível e não completamente entendível) da Task Force nacional... e mais baralhada ainda pela inclusão nesta 1ª fase dos cidadãos com mais de 80 anos.

Não se sabe bem quais os critérios usados para seleccionar os "premiados”, não são assumidos se é que existem... e é isso que muitas vezes os doentes querem e têm o direito de saber...

Aleatório e indiferentemente do critério idade ou doença? Valendo o mesmo um utente com 96 anos que um com 81? Por ordem decrescente da idade?

Etc, Etc, Etc