Política de Cookies

Este site utiliza Cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso.Saiba mais

Compreendi
aa

Sindicato Independente dos Médicos

Horas extraordinárias dos médicos de Saúde Pública auditadas na ARSN

15 fevereiro 2021
Horas extraordinárias dos médicos de Saúde Pública auditadas na ARSN
O SIM tomou conhecimento de que a ARS Norte IP irá desencadear um processo de auditoria às horas extraordinárias praticadas pelos profissionais das suas unidades de saúde pública, desde o transacto ano. Alega este instituto público que só serão pagas as horas extraordinárias do ano em curso, e apenas a partir das 200 horas.

Relembra-se que desde março de 2020 que Portugal e o Mundo se debatem no combate contra a maior ameaça à saúde pública dos últimos 100 anos: a pandemia de COVID-19.

As unidades de saúde pública dos ACeS são a primeira linha de combate à pandemia: têm-no feito, sem quaisquer reservas, independentemente da clamorosa injustiça de não serem pagas, aos médicos da especialidade de Saúde Pública, as primeiras 200 horas de um trabalho extraordinário vital face à negligente escassez de recursos humanos a que foram votadas na última década.

Esclarece-se que o pagamento de horas extraordinárias é reportado ao período em que são praticadas – i.e., desde março de 2020.

Decidir, arbitrariamente, que o trabalho extraordinário dos médicos de Saúde Pública só será pago a partir das 200 horas é imoral. Não pagar quase um ano de horas extraordinárias efetuadas em plena pandemia é indecente!

O SIM recorda ainda a ignomínia da atribuição de um suplemento de autoridade de saúde, aos médicos que exercem este poder, correspondente a 200 euros brutos. É este o valor que o Estado, nas pessoas do Governo e da Ministra da Saúde, atribui ao exercício de um trabalho essencial à defesa da saúde pública.

Os médicos e os restantes profissionais de saúde não fazem trabalho extraordinário porque querem. Fazem-no perante um SNS depauperado de recursos, e mesmo antes da pandemia. Os médicos de Saúde Pública estão esgotados e no limite da resistência aos atentados à dignidade profissional, de que têm sido alvo nos últimos anos.

Senhora Ministra da Saúde: chegámos ao limite da ignomínia.

Porque não queremos chegar ao limite da completa descoordenação e incompetência de quem lidera as entidades de saúde do nosso País, exigimos um rápido esclarecimento do exposto.

Mas exigimos, sobretudo, o cumprimento dos direitos fundamentais de um qualquer trabalhador: o trabalho realizado é, obrigatoriamente, pago.

Comissão Nacional Saúde Pública do SIM
Horas ExtraCalculadora

Torne-se sócio

Vantagens em ser sócio