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Sindicato Independente dos Médicos

Esperança de vida diminui em Portugal devido ao desinvestimento no SNS

14 março 2021
Esperança de vida diminui em Portugal devido ao desinvestimento no SNS
Num estudo publicado esta semana, Eugénio Rosa analisa diminuição da esperança de vida em Portugal quando na maioria dos países União Europeia se verifica precisamente o contrário, mostrando que isso é uma consequência da degradação crescente do SNS devido ao desinvestimento e à falta de meios.

A esperança de vida à nascença que aumentou de uma forma continua até 2017. No entanto, "a partir de 2017 regista uma inversão com uma diminuição cada vez mais acentuada. É previsível que em 2020, devido às mortes causadas pelo COVID-19 e pelas doenças não COVID-19 devido à falta de assistência médica, a queda na esperança de vida tenha sido ainda maior que a verificada em 2019. É também consequência das dificuldades que a população estava a enfrentar, e agora ainda maiores, no acesso a cuidados de saúde motivada pela degradação crescente e falta de resposta do SNS".

Para Eugénio Rosa, "a falta de capacidade do SNS para prestar à população a assistência que ela necessita, e que devia ter direito como estabelece a própria Constituição da República, é evidente."

REDUZIDO NÚMERO DE MÉDICOS E ENFERMEIROS NO SNS, MAL PAGOS E SEM CARREIRAS E CONDIÇÕES DE TRABALHO DIGNAS

Eugénio Rosa realça que "a pandemia causada pela COVID-19 tornou visível a situação grave em que se encontrava o SNS como consequência do subfinanciamento crónico, da falta de profissionais de saúde devido à ausência de carreiras, de remunerações e condições de trabalho dignas".

Afirma ainda que "embora o governo, e nomeadamente a ministra da Saúde, esforcem para convencer os portugueses que a culpa das elevadas perdas de vida e do colapso de muitos hospitais é apenas da pandemia, e que era impossível evitar isso, a verdade é outra. A degradação em que o SNS se encontrava tornou o colapso mais rápido e os seus efeitos mais graves e obrigou a sucessivos confinamentos que destruíram a economia, causaram o aumento explosivo da dívida pública e da pobreza".

O estudo demonstra que no SNS "o número de médicos é insuficiente devido à ausência de remunerações, carreiras e condições de trabalho dignas".

Conclui que "no período 2015/2021, as transferências anuais do Orçamento do Estado para o SNS foram sempre inferiores aos custos que este tem de suportar em cada ano. O estrangulamento e a destruição gradual do SNS, com efeitos dramáticos para os portugueses é uma realidade visível e que tem de ser enfrentada e resolvida com urgência".


Fotografia: Hospital de Santa Maria, Observador


Eugénio Rosa: Esperança de vida diminui em Portugal devido ao desinvestimento no SNS
 
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