O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifesta a sua preocupação pela imposição de objectivos para a contratualização dos anos de 2020 e 2021.
O SIM já emitiu vários alertas para os erros que foram sucessivamente sendo feitos ao longo dos anos, e que se traduziram na criação de um monstro de burocratização, com indicadores complexos, de difícil monitorização e que beneficiam pouco a Saúde dos portugueses.
Por outro lado, é pouco sério que a contratualização para o ano de 2020 se tenha efectuado a 21 de Dezembro de 2020, com efeitos retroactivos, quando deveria ter sido feita em Outubro de 2019.
A pandemia não foi nem poderá ser desculpa, verificando-se sim uma incompetência no cumprimento dos prazos fixados pelo poder político, bem como uma quebra no compromisso da transição de USF A para USF B.
Recordamos que desta insensatez da Comissão Técnica Nacional (CTN), resultou na suspensão da nossa presença nas suas reuniões, algo que retomaremos logo que a CTN cumpra as funções para as quais foi criada.
Assim o SIM denuncia mais uma vez esta situação e apela ao bom senso, a que se analisem estas questões, a que se prepare a contratualização para 2022 e a que se recuse contratualizar retroactivamente os indicadores impostos.