Sindicato Independente dos Médicos

O SIM tem repetidamente alertado os poderes instituídos, desde o Sr. Presidente da República aos Grupos e Comissões Parlamentares da Assembleia da República, passando pelos vários degraus e responsáveis do Ministério da Saúde, para a gravidade das consequências a curto, médio e longo prazo do desvio de médicos - e bem assim enfermeiros e secretários clínicos - para as tarefas de vacinação.

Se nalguns locais do país e nalguns ACES a contratação de profissionais tem sido porfiadamente procurada e muitas vezes conseguida, esse procedimento adequado é uma raridade a nível nacional.

Com isso os Médicos de Família estão a ser afastados da sua função primordial: prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças agudas e crónicas invalidantes, rastreios, diagnóstico precoce e referenciação de neoplasias, etc, etc...

Desviados que são dos seus locais de trabalho, a diminuição da acessibilidade para os seus doentes é incontornável. Assoberbados que já estão por listas de utentes sobredimensionadas, o retomar da actividade normal e a recuperação das tarefas em atraso devido à pandemia são impossibilitados, perante o desconforto e a incompreensão dos doentes.

O Sindicato Independente dos Médicos aconselha os seus associados, e apela aos Médicos de Família em geral, a que informem os seus doentes das reais razoes do que se está a passar.